No último sábado, o Sabino Ribeiro viveu um daqueles momentos que entram para a história. Em assembleia realizada com casa cheia, os sócios do Confiança aprovaram por unanimidade a transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Foi mais do que uma votação — foi um rito de passagem. O fim de um ciclo associativo e o início de um novo modelo de gestão, com a promessa de profissionalização, transparência e modernização.
O clima era de expectativa, mas também de orgulho. Afinal, o Dragão, tantas vezes pioneiro em Sergipe, agora se coloca na vanguarda mais uma vez, buscando trilhar um caminho que já transformou clubes de maior estrutura e que pode marcar uma nova era para o futebol sergipano.
🗳️ Como foi a assembleia: organização, emoção e sentimento de virada
A assembleia começou no início da tarde, no salão de eventos do Sabino Ribeiro. Apesar de pequenos atrasos na entrada — algo natural em dias de grande público —, o evento foi muito bem organizado. Cada sócio votante precisou apresentar carteirinha e comprovar estar adimplente com as mensalidades. Depois disso, recebia uma pulseira branca, símbolo do direito ao voto.
De um lado, os sócios votantes; do outro, torcedores e convidados que foram apenas acompanhar o momento histórico. O ambiente era de festa cívica azulina. O som funcionou bem, a apresentação foi clara, e o clima geral era de otimismo e pertencimento.
Em um primeiro momento, o representante do Consórcio LG2, Gabriel, apresentou o parecer técnico da proposta. A empresa é formada por Rodolfo Landim, Gustavo Oliveira e o próprio Gabriel — daí o nome LG2. A exposição foi elogiada pelos torcedores presentes, considerada didática e transparente.
Logo após, a advogada Dra. Daniele Ferreira, responsável por conduzir o relatório jurídico, confirmou que não havia nenhuma irregularidade estatutária que impedisse o Confiança de aprovar a SAF. O clube, segundo ela, estava plenamente apto a seguir adiante.
Sem polêmicas e sem dúvidas levantadas, a votação foi rápida e simbólica:
Primeiro, pediu-se para que levantassem a mão os que eram favoráveis à aprovação da SAF.
Resultado? Todas as mãos se ergueram.
Em seguida, perguntou-se se havia algum voto contrário. Nenhum.
Assim, de forma unânime, o Confiança se tornava oficialmente um clube-empresa.
⚙️ O que acontece agora: due diligence e transição de gestão
Com a aprovação formalizada, o processo não termina — na verdade, ele está apenas começando. O primeiro passo é o chamado due diligence, termo do mercado financeiro que significa uma auditoria detalhada das informações do clube. É nessa fase que se levantam todos os dados contábeis, fiscais, contratuais e esportivos, para definir com exatidão o que o Confiança tem, o que deve e quanto vale.
Essa etapa é fundamental porque dela sairá o percentual exato de participação entre a Associação Desportiva Confiança (a entidade atual) e os investidores da LG2.
O que se sabe até aqui é que a proposta inicial previa que o clube ficaria com 22% das ações, podendo cair até o mínimo de 10%, conforme o resultado da análise financeira.
Segundo o próprio Landim, a expectativa é de que essa fase dure cerca de um mês. Ao final, será assinada a documentação que oficializa a criação da SAF Confiança S/A e dá início à transição de gestão.
🧩 Transição e novos rumos administrativos
Atualmente, o clube segue sob a presidência de Pedro Dantas, que comanda a Associação Desportiva Confiança. Com a SAF, a ideia é dividir responsabilidades:
- A associação seguirá cuidando das questões institucionais, sociais e patrimoniais.
- A SAF, por sua vez, assume toda a parte futebolística e operacional.
Durante essa transição, o grupo LG2 vai indicar nomes para funções executivas: diretor de futebol, diretor de marketing, CEO e outros cargos estratégicos.
Essas contratações devem ser validadas em conjunto com a associação, numa espécie de cogestão inicial até que a estrutura se consolide.
O próprio Landim adiantou que alguns profissionais já estavam mapeando o clube antes mesmo da aprovação, indicando que o processo de planejamento esportivo já começou nos bastidores.
Há rumores de que certas contratações cogitadas pela antiga diretoria foram vetadas por esses novos profissionais, o que reforça que a SAF já começa impondo uma filosofia diferente de gestão.
💬 A inspiração no Flamengo: gestão antes do glamour
Um dos pontos mais marcantes da apresentação da LG2 foi o paralelo com o Flamengo, clube que viveu um processo parecido — e que hoje é referência nacional.
Todos os membros da LG2 participaram, de alguma forma, do projeto de reestruturação do Flamengo iniciado em 2013, e que culminou nos títulos nacionais e continentais a partir de 2019.
Mas, como lembrou Mike Gabriel em seu vídeo no canal Dragão de Aracaju, esse sucesso não veio de uma hora para outra.
“O Flamengo de 2016 perdeu para o Confiança com um a menos. Era um time ainda em reconstrução, com dívidas, mas que já mostrava outra postura administrativa”, destaca o criador de conteúdo.
A comparação é importante: assim como o Flamengo começou organizando a casa antes de montar elencos caros, o Confiança deve viver um choque de gestão nos primeiros anos.
Auditorias, pagamento de dívidas, reestruturação administrativa e definição de processos internos serão as prioridades — o campo vem em seguida.
💡 O modelo que inspira: SAFs regionais e sustentáveis
Muitos torcedores esperavam uma SAF “milionária”, com grandes aportes imediatos. Mas o próprio Landim deixou claro que o foco não é o dinheiro fácil, e sim a gestão profissional.
Nesse sentido, o modelo do Londrina serve como uma referência mais próxima do que o do América-RN ou Botafogo-PB, que tiveram aportes mais robustos.
A SAF do Londrina é enxuta, porém eficiente. Baseada em gestão técnica, investimento em estrutura e categorias de base, conseguiu montar elencos competitivos e alcançar resultados antes do previsto.
O torcedor azulino pode esperar algo semelhante: um processo gradativo, mas com pilares sólidos e uma cultura profissional duradoura.
📊 O que muda na prática: expectativas realistas
No curto prazo, a SAF não deve transformar o Confiança em um “novo rico” da Série C.
O que deve acontecer é uma mudança nos bastidores — e isso, a longo prazo, faz toda a diferença.
Mudanças imediatas esperadas:
- Controle financeiro rigoroso (com limites e metas de gastos).
- Auditorias internas e externas, aumentando a transparência.
- Profissionalização de cargos: o clube deixa de depender apenas de voluntários.
- Planejamento de longo prazo para futebol e infraestrutura.
- Investimento em categorias de base e captação regional.
A médio prazo, os frutos devem aparecer dentro de campo: elencos mais equilibrados, jogadores com perfil definido e um Confiança mais competitivo, especialmente na Série C e nas Copas regionais.
⚽ E o futebol? Expectativa e paciência
É natural que o torcedor pergunte: “Ok, mas quando começam as contratações?”.
Segundo o que foi apurado na própria assembleia, o planejamento do elenco já está em andamento. O grupo de Landim trabalha em conjunto com o clube para montar um time competitivo, mas dentro de um padrão financeiro sustentável.
Isso significa que o Confiança não vai sair contratando nomes aleatórios, e sim seguir um plano técnico traçado por profissionais especializados.
A ideia é apostar em elenco equilibrado, com foco em performance e valorização de atletas.
💬 Um novo ciclo de confiança (com “C” maiúsculo)
A aprovação da SAF encerra um longo período de discussões internas e dúvidas jurídicas.
Desde o início do ano, o tema vinha sendo debatido entre Conselho Deliberativo, torcedores e imprensa local. Agora, com tudo aprovado e o cronograma em andamento, o Confiança escreve uma nova página.
A sensação predominante entre os torcedores é de esperança.
Como bem disse Mike Gabriel, em tom poético:
“Não sabemos se vai dar certo, não sabemos se vai dar errado. Isso só o futuro dirá. Mas o Confiança ousou. O Dragão quis buscar algo.”
E ousar, para um clube com o tamanho do Confiança, já é um ato de grandeza.
🏟️ Um marco simbólico: do Sabino Ribeiro para o futuro
O local da assembleia não poderia ser mais simbólico.
O Sabino Ribeiro, berço de tantas histórias, agora testemunha o início de uma nova era.
Entre bandeiras, camisas azuis e um ambiente carregado de emoção, a SAF foi aprovada não apenas como um projeto de gestão, mas como um pacto coletivo.
A imagem dos sócios levantando as mãos simultaneamente, aprovando o futuro do clube, é daquelas que merecem um quadro na sede social.
Foi um gesto de confiança — e de Confiança.
📅 O que vem pela frente
Nas próximas semanas, a expectativa é de:
- Conclusão do due diligence, com entrega do relatório financeiro.
- Assinatura do contrato definitivo da SAF.
- Anúncio dos novos executivos e diretores.
- Planejamento do futebol para 2026, incluindo contratações e estrutura de base.
A diretoria projeta que, até o início da próxima temporada, o modelo já esteja operando plenamente, com a SAF assumindo o comando do departamento de futebol.
🔄 Um dragão que não se cansa de voar
Encerrando seu vídeo, Mike Gabriel fez uma homenagem ao saudoso Lô Borges, dizendo que o Confiança é como um “dragão que, na canção do vento, não se cansa de voar”.
A metáfora cabe perfeitamente ao momento: mesmo com as dificuldades e as incertezas, o clube escolhe seguir em frente — voando em direção ao novo.
Se o futuro da SAF ainda é uma estrada a ser construída, uma coisa é certa: o Confiança não ficou parado. E, num cenário de mudanças profundas no futebol brasileiro, isso pode ser o maior trunfo azulino.
🔵 Conclusão: a coragem de mudar
A SAF do Confiança nasce em um contexto de reconstrução, mas também de aprendizado coletivo.
O clube entende que, para competir num cenário cada vez mais profissional, precisa ser gestado como empresa, mas amado como clube.
A LG2 chega com know-how, mas o que sustentará o projeto é o mesmo de sempre: a paixão da torcida proletária.
Entre números, relatórios e contratos, o que realmente se aprovou no Sabino Ribeiro foi um ato de fé — a crença de que o Confiança pode ser maior, melhor e mais moderno, sem perder sua essência.
E se o trem azul já embarcou, que seja rumo a grandes destinos.
Texto gerado por Inteligência Artificial e corrigido por Mike Gabriel
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